Mundo
COP30. Milhares de ativistas e indígenas saíram à rua pelo clima
Os manifestantes desfilaram pela cidade de Belém para chamar a atenção para a "destruição da Amazónia" e apelar ao fim do uso de combustíveis fósseis.
Milhares de ativistas e indígenas reuniram-se numa marcha em Belém para pedir aos negociadores da COP reunidos nessa cidade da Amazónia brasileira, para que ouçam as suas reivindicações em defesa do clima.
No início da manifestação, um balão gigante, com o formato do globo terrestre, chamava a atenção naquela que foi uma marcha festiva, com música, perto do mercado na cidade que acolhe a conferência climática da ONU, desde segunda-feira e até dia 21.
"Viemos aqui para defender o clima. Hoje, testemunhamos um massacre, com a destruição da nossa floresta. Queremos que as nossas vozes sejam ouvidas e entendidas na Amazónia e exigimos resultados", disse à agência de notícias AFP um dos participantes do povo indígena Huni Kuin, do oeste do Brasil, Benedito, de 50 anos.
Os manifestantes começaram a chegar às primeiras horas do dia, sob um sol já escaldante. Alguns deles desdobraram uma grande bandeira brasileira onde se podia ler: "Amazónia Protegida".
A "marcha mundial pelo clima" irá atravessar a densa cidade, com 1,4 milhão de habitantes, num percurso de aproximadamente quatro quilómetros e meio, com paragem programada a poucos quarteirões do local onde se reúne a COP30.
A conferência da ONU está protegida por dezenas de soldados e barreiras, algumas com arame farpado.
Pela primeira vez, desde a COP26, em 2021, em Glasgow, na Escócia, a sociedade civil pode expressar-se livremente e sem medo de estar sujeita a prisões arbitrárias.
As três últimas conferências climáticas da ONU ocorreram no Egito, Dubai e Azerbaijão, países onde nenhuma organização não governamental (ONG) considerou seguro manifestar-se fora do local da COP, que é protegido e administrado pelas Nações Unidas.
As negociações que decorrem em Belém estão a ser marcadas pela ausência dos Estados Unidos da América (EUA).
No protesto de hoje, um manifestante montado em andas e vestido de "tio Sam" denunciou o "imperialismo". O apoio à causa palestiniana também esteve presente, com bandeiras agitadas entre os milhares de manifestantes.
"Estamos aqui para mostrar que o poder está nas mãos do povo, especialmente esta semana, quando descobrimos que as vozes foram excluídas do processo da COP e que muitas comunidades, particularmente as indígenas, se sentem ignoradas", disse à AFP o britânico Tyrone Scott, de 34 anos, da ONG War on Want.
As comunidades indígenas brasileiras exigem ter voz e maior participação no seio das discussões que já foram interrompidas por duas vezes pelos manifestantes.
A primeira foi na noite de terça-feira, quando invadiram o local da COP e entraram em confronto com as forças de segurança. A segunda foi na manhã de sexta-feira, quando outros manifestantes indígenas bloquearam a entrada principal para forçar reuniões de alto nível com as autoridades brasileiras.
No início da manifestação, um balão gigante, com o formato do globo terrestre, chamava a atenção naquela que foi uma marcha festiva, com música, perto do mercado na cidade que acolhe a conferência climática da ONU, desde segunda-feira e até dia 21.
"Viemos aqui para defender o clima. Hoje, testemunhamos um massacre, com a destruição da nossa floresta. Queremos que as nossas vozes sejam ouvidas e entendidas na Amazónia e exigimos resultados", disse à agência de notícias AFP um dos participantes do povo indígena Huni Kuin, do oeste do Brasil, Benedito, de 50 anos.
Os manifestantes começaram a chegar às primeiras horas do dia, sob um sol já escaldante. Alguns deles desdobraram uma grande bandeira brasileira onde se podia ler: "Amazónia Protegida".
A "marcha mundial pelo clima" irá atravessar a densa cidade, com 1,4 milhão de habitantes, num percurso de aproximadamente quatro quilómetros e meio, com paragem programada a poucos quarteirões do local onde se reúne a COP30.
A conferência da ONU está protegida por dezenas de soldados e barreiras, algumas com arame farpado.
Pela primeira vez, desde a COP26, em 2021, em Glasgow, na Escócia, a sociedade civil pode expressar-se livremente e sem medo de estar sujeita a prisões arbitrárias.
As três últimas conferências climáticas da ONU ocorreram no Egito, Dubai e Azerbaijão, países onde nenhuma organização não governamental (ONG) considerou seguro manifestar-se fora do local da COP, que é protegido e administrado pelas Nações Unidas.
As negociações que decorrem em Belém estão a ser marcadas pela ausência dos Estados Unidos da América (EUA).
No protesto de hoje, um manifestante montado em andas e vestido de "tio Sam" denunciou o "imperialismo". O apoio à causa palestiniana também esteve presente, com bandeiras agitadas entre os milhares de manifestantes.
"Estamos aqui para mostrar que o poder está nas mãos do povo, especialmente esta semana, quando descobrimos que as vozes foram excluídas do processo da COP e que muitas comunidades, particularmente as indígenas, se sentem ignoradas", disse à AFP o britânico Tyrone Scott, de 34 anos, da ONG War on Want.
As comunidades indígenas brasileiras exigem ter voz e maior participação no seio das discussões que já foram interrompidas por duas vezes pelos manifestantes.
A primeira foi na noite de terça-feira, quando invadiram o local da COP e entraram em confronto com as forças de segurança. A segunda foi na manhã de sexta-feira, quando outros manifestantes indígenas bloquearam a entrada principal para forçar reuniões de alto nível com as autoridades brasileiras.
As autoridades brasileiras reforçaram significativamente a segurança no decorrer desta semana no Parque da Cidade, local do evento, num esforço para evitar distúrbios.
C/Lusa